07 motivos para definir a "Missão" da empresa no Planejamento Estratégico:
Direção Estratégica
O propósito e a razão de ser da Organização encontram-se definidos na sua missão. É a declaração de compromisso com aquilo que foi estabelecida para servir, a quem servir, e a forma como realizará isso. Assim, a razão de ser da empresa será sua diretriz que orientará todas as suas ações, a fim de que alcancem o compromisso que fora feito na declaração da missão da Organização. Por isso, a doutrina clássica de vários ramos das ciências humanas consideram uma empresa como tendo personalidade jurídica, e sendo equiparada a uma pessoa natural, em sentido alegórico. De fato, assim como um corpo humano que é composto de suas partes (órgãos, membros etc), as empresas são compostas de vários membros denominados colaboradores. De igual modo, assim como na biologia do corpo os órgãos de alguém trabalham pelo funcionamento de todo o corpo, o colaborador e a liderança devem trabalhar uns pelos outros. O cérebro seria como o líder estratégico que coordena as ações e o trabalho de todos os orgãos, para que ele mesmo não venha a perecer, afinal, todos os órgãos são de importância vital, a exemplo do pulmão que realiza a troca de oxigênio e do coração que bombeia o sangue oxigenado para o cérebro e demais partes do corpo. Sem oxigênio, morreria o cérebro, e todo o corpo. De igual modo, o líder deve ter uma mesma diretriz estratégica e agir com fidelidade no propósito e na sua delcaração de ser, tanto aos de fora, quanto aos de dentro da organização, para que todos correspondam com um trabalho leal à organização. Se não ocorre isso, todas as atividades ficam desreguladas, afinal, se o líder está agindo contrariamente ao que declarou, todos os que estão abaixo dele também perdem a razão de agir e ser como são.
Identidade
Sendo a Missão como o propósito e a razão do próprio existir da empresa, novamente, ela é comparada à figura humana que tem como característica, traços únicos. Assim como cada pessoa tem um modo peculiar de agir, a empresa também tem o seu modo de atuar no mercado. A identificação de uma Organização é realizada pelas ações que pratica, ou seja, pelo seu modo de servir à finalidade para a qual foi criada. Na Missão, é comunicado um conjunto de valores, crenças e princípios que norteiam essas ações. Contudo, se não há concordância entre o que se declara, e o modo como, de fato, a empresa atua, sua identidade é desconfigurada, afinal, tanto os colaboradores quanto os agentes externos esperam uma forma de agir, e vinculam-na à identidade expressa em palavras por esta empresa. Portanto, para que nem os colaboradores internos sejam confundidos e comecem a trabalhar desordenadamente, tampouco os stakeholders externos retirem a credibilidade daquela Organização, é imprecindível que suas ações sejam condizentes com sua delaração de Missão. A solidez e reconhecimento de sua imagem é feita pela sua forma de conduzir seus negócios.
Unidade de Equipe
A Organização que declara uma Missão clara e inspiradora atrai para si pessoas que estão dispostas a um mesmo propósito. A palavra inspiração significa em sua origem "ar que se respira", ou "Internalizar algo como essencial à própria vida". Dessa forma, a missão deve ser clara e honesta, a fim de que as pessoass certas sejam atraídas e se tornem parte da Organização, afinal, seria uma desordem ter em seu corpo laboral membros que internalizaram de modo equivocado os valores, crenças e princípios declarados na Missão, que resume a razão de ser de uma empresa. Se há discordância nesses aspectos fundamentais, então toda a atividade daquele ente fica comprometida, afinal, não há concordância fática no modo de agir de cada membro. A esse respeito, o que queremos esclarecer é que as palavras foram recebidas e aceitas, mas por causa de um entendimento corrompido, a prática não correspondeu fielmente às diretrizes da Missão.
Fidelidade ao compromisso com o cliente
Todo ser humano deveria ter como indagação central de seu ser o seguinte: "A quem eu vim servir?" Ora, não é irracional internalizar essa mentalidade, pois se buscamos no mundo, apenas, satisfazer a nós mesmos, estamos desconectados com o todo, representado pelo Universo das coisas criadas. Quanto a esta questão universal, sejamos razoáveis na interpretação do seu significado: Universo é a junção da palavra "unus" que significa "Um" ou "Unidade" e "versus" que é "Tornar de volta". Tendo como base que o Universo é uma unidade, ou seja, a representação de um só conjunto que representa o todo, então podemos concluir que todo aquele que milita em seu próprio favor já não manifesta correspondência com a vontade do todo, porque o todo não foi feito para um, mas o um foi feito para o todo. Compreendemos, a partir disso, que se não houver um parecer comum de que nós como unidade devemos servir, para então receber de volta, já não somos parte do Universo. Se o Universo é UM e fora dele não existe outra coisa, estando alguém fora do universo, já não pode ser achado como parte de algo, e não existe de si mesmo, a não ser que esse indivíduo seja maior que o todo, o que, tecnicamente, acreditamos ser improvável. Afirmamos isso, pois se todos pensassem somente em si, seríamos todos contra todos, afinal, sabemos que nossos desejos e necessidades são ilimitados, e que os recursos disponíveis, limitados. Que podemos concluir? Se buscamos apenas os próprios interesses, declaramos ao todo que queremos ser servidos, e se as outras partes agirem de igual modo, já não há Universo, mas apenas uma névoa de poeira, como um todo que fora desfragmentado e reduzido ao pó. De fato, mais cedo ou mais tarde, entraremos em uma guerra destruidora por falta de compreensão do mal que fazemos a nós mesmos e ao todo, apenas, para obter aquilo que é objeto de disputa de todos (afinal, nessa hipótese, estamos considerando a suposta "irracionalidade" daqueles que buscam o sentido da vida em servir). Levando este paralelo para o contexto empresarial, toda Organização que faz a declaração de sua Missão, visa convencer o seu público alvo que todos os membros de seu corpo estão à disposição para servir bem aos clientes. Na prática, sabemos que esse compromisso é quebrado, quando agindo de forma desleal e infiel aos seus próprios valores, crenças e princípios, muitas organizações externalizam por meio de ações atos, completamente, contrários à essência de sua missão. A obrigação das Organizações é atender as necessidades de seus clientes, propondo soluções adequadas àqueles aos quais atraiu por meio da declaração de sua Missão. Desse modo, concluímos que o toda essa turbulência vivida no mercado, e em todas as outras atividades humanas é decorrente da quebra de aliança (representada na figura do compromisso de viver em função do cliente), pois sabemos que se a necessidade de alguém, que consciente dela, é atendida pelas ações de uma Organização, certamente, haverá um efeito de calmaria e paz nas relações, afinal, em um mundo onde há um número sem fim de desejos e necessidades, mas pouca oferta de soluções, aquele no qual encontramos soluções genuínas, tendo consciência, acaba sendo correspondido com fidelidade e lealdade. Que concluímos, pois? Tanto pessoas como Organizações que são fiéis à sua Missão, e que servem à finalidade para a qual foram criadas, promovem bem estar, e o crescimento virtuoso de algo que, certamente, não perecerá jamais.
O Consumo Inteligente precede o aumento na capacidade de investimento. Consumo Inteligente também significa ganho de competitividade. Não há geração de riqueza, se os seus gastos não estão, estrategicamente, planejados.
Edson Leandro – Mentor e Consultor em Consumo Inteligente.
A dinâmica do atual cenário de mercado não admite mais gastos mal planejados. Sem planejamento Estratégico é impossível pensar e agir, racionalmente. Assim, a empresa torna-se lenta, inchada, ineficaz e superada.
Leonardo Sande – Mentor e Consultor em Planejamento e Implementação de Estratégia Digital
Base para a Estratégia de Comunicação e Marketing
A Organização deve ter como fundamento de sua mensagem a fiidelidade em transmitir aquilo que valoriza, crê e que norteia as suas ações. Sendo seu dever o de servir, suas soluções materializadas pelas suas ações devem ser focadas em suprir a necessidade de seu público, a quem fora endereçado tal mensagem. Se, de algum modo, a mensagem alcança pessoas que têm outras necessidades e que precisam de soluções distintas, tal empresa ainda não está madura e experiente na comunicação ao ponto de atingir o público alvo correto. Compreendemos a IMPORTÂNCIA da declaração honesta da Missão, e a busca pelo fiel cumprimento da palavra empenhada, quando, por exemplo, veiculamos uma campanha patrocinada, a fim de atrair um público que necessita de nossas soluções, e acabamos atingindo outro. Certamente, se agimos com honestidade, mas formulamos a campanha de modo equivocado, cabe avaliarmos com mais cuidado que tipo de clamor está bradando o nosso cliente, afinal, conforme é a busca pela solução de suas necessidades, assim deve ser a correspondência da mensagem que emitimos. A Organização deve, sempre, evidenciar o valor daquilo que realiza, e deve direcionar sua mensagem aos que necessitam daquilo que vendem. Talvez o seu potencial cliente ainda não tenha se dado conta de que necessita de sua solução, pois as pessoas (a grande maioria) estão anestesiadas com soluções paliativas oferecidas por Organizações (se é que podem ser chamadas assim) mais poderosas que tomam para si a atenção de todo o mercado, através de estratégias com uma abordagem, puramente, emocional. Não é por acaso que o próprio Marketing praticado pela maioria das empresas é focado em fisgar os consumidores pela boca, como peixes. Esses consumidores observam apenas aquilo que é atraente, externamente, sem refletir que por dentro daquilo há um anzol, uma armadilha. Ora, se o mercado considera os consumidores como peixes, também deve considerar que está próximo o seu fim, afinal, só terá aquele peixe uma única vez. Concluímos que o mercado não deve agir como um predador, nem o consumidor como um peixe de cardume. Onde há cardume, há muitos predadores disputando-o, e o cardume está entregue à sorte, pois além do perigo do caçador, ele não é capaz de ter sua necessidade atendida, pois em meio a muitos peixes, há pouco ou nenhum alimento. O que queremos dizer é: "Não tratemos nossos consumidores como cardumes, mas de forma personalizada, a fim de que não sejamos contados em meio a empresas nocivas e predadoras." Contudo, façamos o filtro e busquemos por aqueles clientes que precisam de soluções personalizadas, e se atentarmos bem para o estado do nosso público, certamente teremos nossa parte de tão grande mercado.
Subsidiar a tomada de decisões
A Organização que tem a finalidade de servir ao seu cliente, sempre tomará decisões em conformidade com sua crença, seus princípios e valores fundamentais, a fim de que seus passos sejam firmes, como aqueles que caminham sobre a Rocha. Nós sabemos que estamos caminhando no sentido correto, quando percebemos os sinais que recebemos, à medida que avançamos. A satisfação daqueles a quem servimos é, dentre outros, um destes sinais. Entretanto, vivemos tempos de escassez, tanto do lado consumidor, quanto das empresas que têm a intenção de satisfazer necessidades genuínas com soluções adequadas. Um dos fatores que influenciaram este cenário foi a assimetria de informação, ou seja, pessoas/empresas com informações privilegiadas de um lado, e consumidores desinformados, e, completamente, expostos do outro. O que o mercado dos últimos anos presenciou, foi um verdadeiro dilúvio de pessoas gananciosas que, se aproveitando de técnicas de persuasão envoltas em gatilhos mentais e discursos, artificialmente, engendrados, conduziram multidões ao erro e ao engano, comprando coisas inúteis e objetos sem valor algum, mas que lhes fora apresentado com outra aparência, reluzindo como ouro. De fato, presenciamos, neste momento, a completa destruição do mercado consumidor, contudo, com este, também começa a ser destruído aqueles que, usando de engano, contribuiu para o enfraquecimento dos que lhes fornecia a própria manutenção. sendo assim, todas as empresas que estão iniciando suas atividades, agora, devem buscar agir com base naquilo que confessam ser suas crenças, valores e princípios, de modo a atrair para si, apenas aqueles que, de fato, serão beneficiados com os seus produtos ou serviços. Somente este tipo de conduta é capaz de reconstruir o que, hoje, encontra-se em ruínas.
Atração e rentenção de talentos
Ainda, considerando a Missão de uma Organização, como inspiradora e significativa, por seu intermédio, atraímos e retemos pessoas que buscam aquilo que a empresa também busca. Ora, se a intenção daquele que declara sua crença, seus valores e princípios é boa, certamente, atrairá talentos qualificados. Entende-se por talento, o sentido original da palavra que é: "pessoa inclinada a realizar, a fazer" e, por outro lado, qualificado no sentido de "alguém que recebeu virtudes específicas, ou aptidões que o tornem capaz de realizar algo". Que podemos concluir? Quando uma empresa declara com clareza a sua missão, aqueles que já estão predispostos a realizar ações que cooperam para a finalidade desta entidade também tendem a ser atraídos. Como a Sabedoria Divina que nos revela que a salvação de Deus se revela de Fé em Fé. Neste caso, vemos, novamente, a perfeita alegoria que Deus nos revela, quando pelas obras daqueles que o negam com a boca, descobrimos que se confirma as escrituras. Perceba que pela declaração da Missão da empresa, pessoas inclinadas e com as virtudes necessárias para realizar o propósito desta, são atraídas e retidas. Assim, sendo a Missão como o fundamento do modo de agir de uma Organização, e a Fé (que também é firme fundamento de agir de alguém) como fundamento de agir daqueles que buscam realizar o bem, podemos afirmar que a empresa encontrou a quem buscava, e o colaborador encontrou o seu lugar onde poderá fazer aquilo para o qual foi criado.