O assunto parece complicado, mas na prática, os gestores já sabem, mais ou menos o que devem fazer. Gerir pessoas implica conhecê-las, e os bons gestores, não só conhecem como utilizam bem as competências, habilidades e atitudes de cada colaborador dentro da empresa. Para estes gestores, tomar decisões assertivas é bem mais simples, do que em casos de gestores negligentes.

Dizemos isso por vários motivos, mas o principal deles é: conhecer ou não, as qualidades ou vícios dos colaboradores sob sua liderança/supervisão. Quando é proposto, logo antes do título, se é viável readaptar colaboradores, capacitando-os a trabalhar com ferramentas de I.A, e expandir o negócio, ou substituí-los, deixando a empresa mais enxuta, torna-se, extremamente, importante saber com que perfil de gestor de pessoas estamos lidando.

É claro, que nesse caso, estamos fazendo uma abordagem isolada, mas vale ressaltar, que uma decisão como esta deve levar em consideração a opinião de mais lideranças de diversos setores. Isso porque a decisão de expandir a atuação da empresa é tratada por instâncias superiores, e envolve riscos maiores do que substituir mão de obra humana por Automação e I.A.

Todavia, caso já existisse a intenção organizacional de expansão, certamente, a prudência aconselharia a alta gestão a levar em conta o parecer do gestor de pessoas, uma vez que ele estaria apto a opinar pela manutenção dos colaboradores mais capacitados e abertos a uma readaptação e treinamento na utilização de I.A e outras ferramentas de automação.

Mas, a readaptação implicaria, necessariamente, uma expansão das atividades?

Para responder essa pergunta, precisamos ponderar o seguinte: Se a substituição é uma saída para que a manutenção das atividades presentes não seja afetada, automaticamente, a manutenção dos colaboradores, a fim de readaptá-los, e a adoção de ferramentas de Automação e I.A juntos, certamente, aumentaria custos, ou, no mínimo, preservaria pessoas mais osciosas no local de trabalho. 

Sendo assim, a adoção de novas tecnologias implica a readaptação (apenas se houver a intenão de expandir o negócio), caso contrário, o emprego tecnológico de novas ferramentass implicaria em cortes de pessoal, a fim de que a estrutura organizacional se mantenha enxuta.

Por fim, falar desse assunto é bem complicado, afinal, empregos, famílias e a própria economia, como um todo, estão em risco. É claro que uma empresa enxuta tende a passar por turbulências com muita facilidade, quando comparada a outras que estão com sobrepeso.

Ainda sim, vale a pena estudar um crescimento, ainda que moderado, na organização, a fim de manter os colaboradores que demonstram empenho e aptidão para serem treinados em novas tecnologias. Ora, ainda não chegamos ao extremo de conseguir deixar as máquinas trabalhando de forma autônoma, sendo necessária a supervisão e comandos humanos. Por isso, quem possui em seu quadro de pessoal colaboradores qualificados, que mantenha-os, caso possam expandir e realocá-los. Trata-se de dignidade, honra, e reconhecimento. Agir com deslealdade contra quem sempre foi leal, não é só vergonhoso, mas demonstração de infideliddade com a própria mensagem declarada na visão e na missão da organização. Ora, o cumprimento e observância destes dois pilares organizacionais é como a fidelidade conjugal. 

No entanto, dizemos isso àqueles que vislumbram a possibilidade de expansão, porém, se não há esse pensamento, a solução adotada pela gestão deve ser a mais adequada para manutenção do funcionamento da Empresa.